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AS MINHAS VIAGENS

SESIMBRA E O SANTUÁRIO DO CABO ESPICHEL

08.12.21 | António Lúcio / Barreira de Sombra

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A vila de Sesimbra é sede do Município do mesmo nome, pertence ao distrito de Setúbal e à Área Metropolitano de Lisboa, contando com cerca de 5 600 habitantes num concelho de cerca de 195.47 kms2 e que segundo os censos 2021 tem pouco menos de 50 mil habitantes.

Da sua paisagem natural fazem parte a foz do Rio Sado, a serra da Arrábida, o cabo Espichel, a Lagoa de Albufeira e a Praia do Meco.

Santuário do Cabo Espichel

“O Santuário de Nossa Senhora do Cabo Espichel, situado no ponto mais ocidental da costa de Sesimbra, é um conjunto arquitetónico civil e religioso único, que alia a monumentalidade do edificado à imaterialidade da devoção religiosa. É composto pela igreja, hospedarias, Ermida da Memória, Casa de Ópera, em ruína, Hortas dos Peregrinos Casa da Água e aqueduto. O enquadramento paisagístico deste monumento, num planalto que termina em escarpas para o mar, torna-o monumental.

A Ermida da Memória, elemento central do Santuário, situada no topo da escarpa sul da Baía dos Lagosteiros, assinala o local onde, segundo a lenda, apareceu em 1410 a imagem da Virgem que deu origem ao culto a Nossa Senhora do Cabo Espichel.

A elevada afluência de peregrinos ao local, pautada pela constituição, em 1432, da Confraria de Nossa Senhora do Cabo, levou a que, entre 1701 e 1770, fossem erigidas as principais edificações que hoje compõem o complexo arquitetónico: a Casa da Água, datada de 1770 e abastecida por um aqueduto, a Igreja, edificada entre 1701-1707, em estilo chão, duas alas de hospedarias construídas após 1715 e ampliadas entre 1745-1760 e a Casa de Ópera, de finais de oitocentos.

Com as invasões napoleónicas, o culto entra em progressivo declínio, travado, contudo, por diversas obras de recuperação realizadas ao longo das últimas décadas.

Atualmente, o culto no Santuário de Nossa Senhora do Cabo Espichel encontra-se vivo, nomeadamente através das celebrações dos círios de Azoia, Palmela e Sesimbra, cujas festividades se realizam nos meses de março e abril e agosto e setembro, respetivamente. A sua recuperação para fins turísticos, salvaguardando sempre a sua componente religiosa, está programada para os próximos anos.

(In, Visit Sesimbra - Câmara Municipal de Sesimbra)

Textos: António Lúcio e Visit Sesimbra

Fotos: António Lúcio e Dina Pelicho