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AS MINHAS VIAGENS

PELO ALENTEJO – I - MARVÃO

06.08.18 | António Lúcio / Barreira de Sombra

 

Saímos de Lisboa com destino a Marvão percorrendo as estradas nacionais até chegarmos a outra importante localidade alentejana: Estremoz. Seguimos viagem após tomarmos um café no largo central da vila que agora tem os seus bonecos de barro como Património da UNESCO e onde pontifica uma tauriníssima família: os Cortes.

Dia ensolarado apesar das baixas temperaturas (não ultrapassaram os 8 graus de máxima…), propício a desfrutar ao máximo da magnífica paisagem alentejana, atingimos Portalegre, capital de distrito, que deixamos à nossa direita para prosseguirmos, serra acima em direcção ao nosso destino, não sem antes deixarmos nota da bonita e bem cuidada praça de toiros que  foi e esperamos continue a ser palco de grande tardes e noites de toiros.

Subimos, e subimos bem, pela enleante estrada em direcção a São Salvador de Aramenha, Escusa, e onde o rio corre timidamente com pouca água, sinal da seca que assolou o País (a barragem da Vigia fica a poucos kilómetros).

Marvão eleva-se a mais de setecentos metros de altitude, num enorme penhasco, visível a muitos kilómetros de distância, bem separados o antigo castelo e a vila, tudo muito bem conservado, mantendo a traça tradicional/regional, sem grandes concessões ao modernismo. É fantástico ver a forma como se encontra tão bem preservado todo o conjunto arquitetónico da vila, as suas estreitas ruas com as fachadas todas pintadas de branco e onde a pedra se mostra em pequenos afloramentos.

As vistas sobre o campo alentejano e a vizinha Extremadura espanhola são deslumbrantes. Até a Serra da Estrela parece estar bem próxima!... A fauna que se avista, em especial o elevado número de aves de rapina, mostra bem o equilíbrio ecológico que existe nestes habitats de área protegida e onde a presença humana influi no mínimo…

Um passeio a pé pelas estreitas ruas é obrigatório. Como o é também a visita ao Museu Miunicipal ou à igreja e aos Castelo com a sua cisterna a funcionar, algo impressionante se atentarmos na altitude a que se encontra construída (servia basicamente para recolha das águas das chuvas e para posterior distribuição á população).

O monumento em honra de Ibn Maruan, fundador da localidade, é a homenagem dos homens de hoje aos que fizeram a história desta localidade com mais de 2000 anos de existência.

A oferta gastronómica também não falta, com bons restaurantes e no mês de Janeiro  com uma semana de gastronomia baseada na caça,

Simpatia das gentes na forma como recebem os forasteiros, oferta muito diversificada em termos de história, de tradição, de gastronomia, ares magníficos, tudo isto convida a uma visita a Marvão.

 

António Lúcio/Jan.18