NO PARAÍSO DO ATLÂNTICO ILHA DE SÃO MIGUEL - 2º DIA
Dia 2– Povoação/Sete Cidades/Gorreana e mais umas voltas
Levantar cedo, 8h30, pequeno almoço simpático, com qualidade, no Hotel do Mar. Depois de um café, seguimos para a empresa de águas minerais Gloria Patri, nas Furnas e comprámos bananas anãs de excelente qualidade e sabor. Seguimos em direcção a Ponta Delgada , subindo em direcção ao miradouro “Vista de Rei”, local emblemático de onde de pode apreciar toda a beleza da Lagoa das Sete Cidades. É uma paisagem única e deslumbrante aquela que se avista deste miradouro privilegiado sobre a Lagoa. Lagoa e localidade que se atingem rapidamente descendo uma estrada com muitas curvas (como em toda a ilha).
Sete Cidades, localidade com uma bela igreja, uma vista diferente sobre as Lagoas, ao nível rasante das águas, e depois em direcção a Oeste, uma nova subida para um outro miradouro fabuloso de onde se avistavam os ilhéus de Mosteiros, imponentes na forma como se erguem das águas do mar oceano. A diferença de temperaturas também se fazia sentir entre as vertentes norte e sul com oscilações entre 4 e 6 graus Celsius.
Mosteiros, Ginetes, Candelária, Relva e de novo em Ponta Delgada, em busca de almoço que já se fazia tarde… Num intrincado espaço de ruas na zona histórica da cidade que já comemorou 472 anos de história, encontrar um local para parquear a viatura não foi fácil. Não fomos bem sucedidos no primeiro restaurante que procuramos, A Tasca, pois estivemos mais de 40 minutos á espera de na fila, outros tantos sentados á espera que alguém nos atendesse, umas ementas atiradas literalmente para cima da messem qualquer cuidado ou palavra, e um funcionário que passou o tempo a dizer «já aí vou» sem nunca ir, o que é incrível para quem tem recomendação Expresso Boa Cama/Boa Mesa, a não ser que seja para aproveitar o ditado «quem boa cama fizer…».Levantamo-nos desistindo de aí almoçar e um pouco mais abaixo, no Churrasco, um serviço rápido e atencioso, onde comemos um polvo á lagareiro e lulas grelhadas, muito bem confecionados.
Com o estomago aconchegado e já perto das 15h30, hora local, fizemo-nos de novo á estrada par nos dirigirmos á fábrica de chá mais emblemática da ilha, a Chás Gorreana. Bonita a forma como estão dispostos os talhões onde estão as plantas de onde se recolhem as folhas que dão origem á reconfortante bebida, com muitos turistas a passearem por entre as fileiras de plantas. Uma visita á fábrica é obrigatória para se perceber um pouco do processo que conduz das folhas ao chá que bebemos depois, oferecida pela empresa a todos quantos a visitam. Degustamos dois tipos de chá, um deles mais forte e de sabor intenso a permanecer bastante tempo nas papilas gustativas. Variedade e qualidade não faltam e no final adquirimos algumas embalagens para trazer de volta ao Continente. E a preços bem interessantes para a qualidade apresentada (excelência). Saímos da Chás Gorreana e poucos kilómetros depois um novo miradouro com uma vista fantástica para o mar. Passo seguinte, a Lagoa do Fogo. Dos 18 graus junto á fábrica baixámos para os cerca de 10 ao chegar à imponente Lagoa do Fogo, 900 metros acima do nível do mar. O miradouro da Barosa permite desfrutar da imensidão da Lagoa e apreciar um outro tipo de vegetação e passar pela Central geotérmica e pela Caldeira Velha. De novo o cheiro a enxofre fez-se sentir em toda a subida e o tipo de flora mudou radicalmente: das árvores de grande porte, hortênsias e azáleas, passamos a uma vegetação rasteira e sem arbustos. Mas não menos bonita e interessante. Descemos a montanha em direcção a Vila Franca do Campo, aos seus bananais e ao ilhéu, numa altura em que o sol começava a ficar tapado pelas nuvens que se aglomeravam aos poucos escurecendo a tarde.
Para jantar neste segundo dia fomos até ao Tony’s nas Furnas. Bife de atum albacora, bom, e cozido das furnas, um pouco salgado. Kima de maracujá, bem fresca, para acompanhar e a rematar tarte de chocolate e vieneta. Um bom café, tempo excelente e regresso ao Hotel.
Texto: António Lúcio
Fotos: António Lúcio / Dina Pelicho