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AS MINHAS VIAGENS

ODECEIXE - PAZ E RELAXAMENTO EM PLENA COSTA VICENTINA

30.01.24 | António Lúcio / Barreira de Sombra

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Tenho por hábito escolher períodos do ano em que a generalidade das pessoas prefrem as actividades na serra e na neve do que junto à praia, para me deslocar até sítios que não havia frequentado e que me haviam sido recomendados por pessoas insuspeitas. Pois bem, desta vez, foi um fim de semana passado em plena costa vicentina, saindo de Sobral de Monte Agraço em direcção a Odeceixe, e viajando pelas estradas nacionais, com passagem por Alcácer do Sal, Grândola, Sines e por aí baixo até chegar a esta magnífica vila alcandorada num monte, com a ribeira de Seixe a serpentear pelos seus terrenos e a desaguar na praia de Odeceixe, encontrando-se com o gigante Atlântico, neste fim de semana com ondas grandes e pujantes e um sol maravilhoso.

Pois bem, foi de paz e relaxamento este fim de semana pois o silêncio apenas era entrecortado pelo barulho das ondas, o sol aquecia o corpo e a alma e a calmaria das águas da ribeira, de quando em vez invadidas por uma onda maior, convidavam a um relaxamento físico e espiritual. Em boa hora foi empreendida esta viagem.

Almoço no Museu da Bata Doce em Rogil, a deixar bom sabor de boca e com umas sobremesas de comer e chorar por mais. À noite, o jantar foi no Azenha do Mar numa localidade com o mesmo nome e próxima do Brejão. Um arroz de tamboril com gambas e ameijoas que estava divinal. Pequeno almoço de domingo na magnífica Padaria de Rogil onde aproveitei para comprar umas broas de alfarroba com pimenta rosa e uns bolinhos secos muito bons.

A região tem bastantes alojamnetos de diversos tipos com valores acessíveis e qualidade, sendo que fomos recebidos com simpatia no Sol Mar. Ficou prometido que iria voltar lá para o final do verão.

Aqui vos deixo algumas das fotos deste magnífico fim de semana, convidando-vos a visitar esta que foi uma das 7 Maravilhas de Portugal.

 

NA LEZÍRIA ...DO TEJO

CAVALOS, TOIROS E AVES

21.01.24 | António Lúcio / Barreira de Sombra

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A Lezíria do Tejo é um manancial de vida. A reserva natural do estuário do Tejo, de Vila Franca a Alcochete, guarda histórias de vida impressionantes. Mas também uma grande diversidade de espécies animais que nesta altuar do ano se mostram com toda a sua pujança,

São as mães com as suas crias, são as aves... que aqui vos deixamos com um conjunto de fotografias realizadas num final de tarde primaveril.

 

SORTELHA, UMA IMPONENTE ALDEIA HISTÓRICA

19.01.24 | António Lúcio / Barreira de Sombra

pedra que bufa.jpgQuem procura os valores da história e das paisagens naturais, tem nas Aldeias Históricas de Portugal uma enorme panóplia de escolhas. E depois de já termos estado em Almeida, a vila fortaleza com uma muralha em forma de estrela de cinco pontas, o nosso destino foi, agora, Sortelha, localizada entre Belmonte e Sabugal, sede do concelho a que pertence esta localidade, situada a  786 metros de altitude num esporão granítico e de onde se domina todo o espaço geográfico envolvente quer para o lado espanhol quer para a Serra da Estrela. Um importante ponto estratégico de defesa das linhas e fronteiras portugueses em caso de invasão do espaço. Dista cerca de 45kms da fronteira espanhola.

Não há unanimidade quanto á origem do topónimo: Para uns Sortelha deriva de um anel, Sortija ou Sorteia, e que era objecto de um jogo medieval em que os cavaleiros tentavam enfiar a sua lança. E existe um anel de pedra, de grandes dimensões, num dos poucos espaços ajardinados intra-muralhas. Para outros Sortel é um anel com pedras preciosas que detêm poderes especiais como os usados pelas feiticeiras. Também poderá ter a ver com o formato ovalado/circular do aglomerado urbano.

A malha ou tecido urbano tem poucos edifícios monumentais, estando o espaço intra-muros organizado em torno de um eixo principal, a Rua da Fonte e a Rua Direita, que ligam a Porta da Vila à Porta Nova. Salientam-se dois espaços fundamentais, o Largo do Corro (mal se entra na porta virada a Leste) e o Largo do Pelourinho, subindo a Rua principal e do lado esquerdo.

A vila teve um dos seus primeiros tempos de crescimento a partir de uma ocupação que teve início no século XII-XIII, num altura em que o rei D. Sancho I promove o repovoamento. O seu primeiro foral data de 1228 e foi outorgado por D. Sancho II altura em que é construído o castelo.Em 1510 o rei D. Manuel I confirma o foral e mandou construir o pelourinho.

O Castelo está classificado como Monumento Nacional, desde 1910. É provável que a zona tenha tido um castro pré-romano pois foram descobertas algumas sepulturas desse tempo.

Fora do perímetro das muralhas está a cidadela e a torre de menagem, de planta quadrada, hoje infelizmente pejada de antenas dos operadores de comunicações móveis.

Também por esta localidade passaram as tropas de Napoleão, registando-se combates de que resultaram danos em parte da muralha do castelo, os quais são bem visíveis  no lado esquerdo desde o Largo do Corro e nos virarmos para a Porta da Vila. Registe-se que Sortelha foi sede de concelho até 4 de Outubro de 1885.

Quanto à parte religiosa, para além de vários passos da Via Sacra, há que visitar  a Igreja Matriz, a Capela de São Sebastião, a Capela de Santiago e as Ruínas da Igreja da Misericórdia/ Igreja de Santa Rita ou São João.

Existem muitos espaços arquitetónicos de interesse para visitar e, no exterior, do lado poente, a Cabeça da Velha, um enorme afloramento rochosa faz lembra, mais de perfil do que frontalmente, o crânio de uma idosa, de nariz e queixo proeminentes.

A cerca de 3 horas de Lisboa, pela A1 e A23 saindo em Caria/Belmonte, é um local de visita obrigatória.

 

Fontes consultadas: site da Câmara Municipal do Sabugal e folheto das Aldeias históricas de Portugal

Texto: António Lúcio

Créditos fotográficos: António Lúcio / Dina Pelicho