Decorre até ao próximo domingo dia 4 de Agosto mais uma edição das ruas floridas na alentejana vila do Redondo. Um trabalho digno de ser apreciado e que congrega esforços de toda uma comunidade. A não perder!
A localidade do Vimeiro, conhecida pelas suas magníficas águas minerais, é também um marco histórico na segunda restauração da independência de Portugal. Desde o dia 19 e até hoje, 21, houve um interessante programa sobre a Batalha do Vimeiro e um pequeno mercado oitocentista que congregaram milhares de visitantes a esta simpática terra a menos de uma hora de viagem de Lisboa pela A8.
Fiquemos com um pouco da história desta batalha.
“A Batalha do Vimeiro foi travada no dia 21 de agosto de 1808 entre o Exército Francês, comandado por Junot, e o Exército Anglo-Luso, sob o comando de Sir Arthur Wellesley, futuro Duque de Wellington. Após os combates na Roliça no dia 17 de agosto, Sir Arthur marcha para a zona do Vimeiro a fim de fazer o desembarque de reforços na Praia de Porto Novo.
As tropas anglo-lusas mantiveram uma posição defensiva no Vimeiro, aproveitando a geografia do terreno. Os franceses, reunidos em Torres Vedras, decidiram tomar a ofensiva, chegando à Carrasqueira na manhã de 21 de agosto. A partir desse ponto, Junot deu ordem de marcha para a batalha. Sem conhecimento da situação do flanco esquerdo, duas brigadas francesas confrontaram os britânicos nos altos da Ventosa. Uma vez mais, os franceses viram-se forçados a recuar.
A Batalha do Vimeiro foi uma vitória inegável do Exército Anglo-Luso sobre as forças da França Imperial, pondo termo à Primeira Invasão Francesa. Junot perdeu cerca de 2000 homens, entre mortos, feridos e prisioneiros e o exército anglo-luso cerca de 700.
Esta batalha foi decisiva visto que colocou termo à Primeira Invasão Francesa de Portugal.”
As anunciadas dragagens na zona do Porto de Setúbal e o enorme volume de areias e sedimentos, alguns com forte componente tóxica, podem colocar em perigo o futuro do estuário do Sado e as praias da Arrábida, de Setúbal em diante e até Tróia, das suas espécies piscícolas e as aves, para além da comunidade de cerca de 30 roazes corvineiros (familiares próximos dos golfinhos) que aí se fixaram.
As polémicas desde que se anunciou o concurso público para efectuar as dragagens não mais pararam e já neste ano de 2019 um Tribunal veio dar razão aos que se manifestaram desde sempre contra as dragagens.
A nossa intenção é mostrar as belezas naturais e uma curta listagem de notícias contra este atentado ambiental numa zona de enorme beleza e que abrange um parque natural: o da Serra da Arrábida onde há uma cimenteira e pedreiras…
Durante muitos anos, e desde a infância, as praias de Figueirinha, Galapos, Portinho, ou até mesmo Tróia, eram ponto de encontro familiar do autor. Do texto e de algumas das fotos, António Lúcio. Há mais de 40 anos, os autocarros da “João Belo” levavam-nos da Camarinha para a baixa de Setúbal e, daí, de barco para Tróia. Ou, outras vezes, de carro para as praias da Arrábida. Eram praias que não tinham muita gente meso no Verão, ao contrário dos dias de hoje.
O tempo passou, os gostos mudaram, a indústria tomou conta da Península de Setúbal e o sue porto começou a ter grande importância no escoamento dessa produção industrial. Mas o Sado continuou a ter o seu brilho próprio, tal como as praias de toda Arrábida e península de Tróia apesar do crescimento do turismo e da “invasão” das praias e da própria serra.
O magnífico peixe e marisco da zona, comercializados no bem cuidado Mercado do Livramento, na Avenida Luísa Todi e prato forte dos restaurantes da região, conhecem, hoje, um sério risco com a deposição dos resultados das previstas dragagens. E as próprias praias podem sofrer as consequências como alguns estudos têm vindo a demonstrar.
Natural da região, Dina Pelicho, “sente” a Arrábida e toda esta região de uma forma muito peculiar. Conhece muito bem a Serra e é autora de algumas das fotos que publicamos.
O Clube da Arrábida, os grupos de cidadãos “Sado de Luto” e SOS Sado, as associações ambientalistas Zero, Quercus e LPN, a Sesibal, vão organizar uma ...
30/05/2019 - Justiça aceita providência cautelar contra dragagens no Sado. Tribunal Central Administrativo deu provimento a recurso do Clube da Arrábida.
30/05/2019 - O Tribunal Central Administrativo aceitou o recurso do Clube da Arrábida depois de ter sido indeferida, em primeira instância, uma providência ...
Mafra pode orgulhar-se do feito de ter um Palácio que conquistou o direito a ser Património Mundial da Unesco, da sua Tapada Nacional e das magníficas praias da Ericeira, mas também do seu pão, o Pão de Mafra, de uma qualidade muito acima da média, e cujo festival termina este fim de semana no extraordinário espaço que é o Jardim do Cerco, paredes meias com as do Palácio Nacional e que serviu de inspiração ao nosso prémio Nobel da Literatura José Saramago para “Memorial do Convento”.
O Jardim do Cerco é um espaço florestal com muitas variedades de árvores, muito bem conservado, com um lago, uma cisterna onde se mantém muito bem conservada a nora, espaços para os mais pequenos e para os menos jovens poderem desfrutar da natureza, bem perto da cidade. É neste espaço que se encontram mais de 50 expositores de diversas áreas, com destaque para a parte agrícola (os morangos do Sobral da Abelheira são de nota 5), olaria (ou não fosse José Franco e a sua aldeia típica do Sobreiro um ícone desta área), cestaria de vime e junco e, como não podia deixar de ser, o pão e a doçaria regional a marcarem forte presença.
Num dos espaços junto ao Palácio está patente uma mostra de alfaias agrícolas com mais de 50 anos de vida, tractores de várias marcas e modelos, uma debulhadora, ceifeiras, enfim, um conjunto de maquinaria que os mais jovens não conheciam e nunca viram laborar e que muitas recordações trarão aos que já viveram mais de meio século.