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AS MINHAS VIAGENS

ELVAS PATRIMÓNIO MONUMENTAL E HISTÓRICO

09.12.18 | António Lúcio / Barreira de Sombra

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Baluarte da Guerra da Restauração com a denominada “Batalha das Linhas de Elvas “ em 1659, travada a 14 de Janeiro desse ano contra as forças espanholas  comandadas por D. Luís de Haro e que eram em número quase o dobro das portuguesas comandadas por D. António Luís de Meneses, batalha esta que culminaria com uma esmagadora vitória das tropas portuguesas, Elvas é hoje uma importante cidade do Distrito de Portalegre, inserida na região do Alto Alentejo, e tem uma população de cerca 16 640 habitantes segundo os últimos Censos da população portuguesa. É sede de um município com 631,29 km² de área e o concelho conta 23 078 habitantes, residentes em 7 freguesias.

Do site do Turismo de Portugal transcrevemos com a devida vénia o seguinte texto sobre a cidade de Elvas:  “Perto da linha de fronteira, Elvas lutou para manter a independência de Portugal e a sua história. E assim se tornou um exemplo para toda a humanidade.

Somos recebidos na cidade por um grandioso Aqueduto com 7 km e 843 arcos, construído pelo mesmo autor da Torre de Belém, em Lisboa, o arquiteto Francisco de Arruda. O tamanho e os números impressionam tanto como o que vamos descobrir mais à frente. Afinal de contas, entramos na maior fortificação abaluartada do mundo, cujas estruturas defensivas em forma de estrela e com um perímetro de cerca de 10 km são um testemunho único da evolução da estratégia militar até ao século XIX. Foram muito importantes nas lutas com Espanha pela Independência de Portugal, em meados do séc. XVII, e serviram de base ao General Wellington, durante as Guerras Napoleónicas, no início do séc. XIX.

As fortificações de Elvas são hoje Património Mundial. O preservado conjunto militar é formado pelas muralhas islâmicas e medievais e pela cintura de muralhas do séc. XVII influenciada pelo estilo holandês de Cosmander, para além do Forte de Santa Luzia (séc. XVII), do Forte da Graça (séc. XVIII) e de 3 fortins do séc. XIX – São Mamede, São Pedro e São Domingos. Se fossemos pássaros, veríamos o surpreendente desenho destas estruturas no terreno que agora apenas nos é possível entender nas fotografias aéreas ou adivinhar quando visitamos os monumentos e apreciamos a paisagem em redor.

No coração de Elvas, a zona do Castelo é a parte mais antiga da cidade. Daí até à Praça da República, onde fica a antiga Sé, agora Igreja de Nossa senhora da Assunção, passamos pela Igreja das Domínicas, com uma original planta octogonal, pelo pelourinho manuelino e pela Torre Fernandina. Nestas ruas é fácil identificarmos os arcos que marcam as antigas entradas nas muralhas.”

In https://www.visitportugal.com/pt-pt/node/73788

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O FORTE DA GRAÇA

Para além do magnifico folheto que é cedido aos visitantes desta impressionante obra militar, o sítio da Câmara Municipal de Elvas disponibiliza, de forma resumida, a mais importante informação sobre o espaço e que passamos a citar: “Esplêndida e grandiosa construção da Praça de Elvas situada numa grande elevação a Norte.
Exemplo notável da arquitetura militar do séc. XVIII e considerada por muitos historiadores como uma das mais poderosas fortalezas abaluartadas do mundo, o Forte da Graça ou de Lippe é ainda original pela sua conceção e implantação.

Esta elevação foi desde sempre bastante importante: ainda no séc. XV aqui se situava a pequena ermida de Santa Maria da Graça, cuja reedificação na altura se deveu à bisavó de Vasco da Gama; na Guerra da Restauração, em 1658, os espanhóis construíram aqui um reduto para atacar a cidade de Elvas.

A edificação da fortificação começaria em 1763 por Wilhelm, Conde de Schaumbourg-Lippe, encarregado pelo rei D. José a reorganizar o exército português. Para dirigir as obras foi escolhido o Engenheiro Éttiene, sendo este pouco tempo depois substituído pelo Coronel Guillaume Louis Antoine de Valleré. As obras gigantescas só terminariam em 1792.

Constituído por três corpos, as obras exteriores, o corpo principal e o reduto central, o Forte da Graça é um exemplo da arquitectura militar de tipologia Vauban. O corpo central é formado por quatro baluartes tendo a meio da cortina sul a porta principal de uma beleza fenomenal.
Em 1856 já a guerra tomava outros caminhos e neste espaço foi criada uma companhia de correção e em 1894 um depósito disciplinar onde estiveram vários presos políticos desde a 1ª República até 1974.

O monumento foi alvo de intervenção, ao longo de 11 meses, que se traduziu na recuperação da casa do governador, o ponto mais alto do forte, das casas dos oficiais e restantes elementos arquitetónicos, tendo sido ainda repostas todas as cores e materiais originais do Forte e recuperadas as estruturas, nomeadamente a cisterna, a prisão, as galerias de tiro e a capela, onde foram descobertos frescos do século XIX, também eles alvo de intervenção.”

IMG_7071.JPGTexto: http://www.cm-elvas.pt/descobrir/project-item/forte-da-graca/

Fotos: António Lúcio e Dina Pelicho