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AS MINHAS VIAGENS

31 de Julho, 2018

ÓBIDOS FESTIVAL/MERCADO MEDIEVAL: AS FOTOS

António Lúcio / Barreira de Sombra

 

Fotos: AL/DP

31 de Julho, 2018

ÓBIDOS, UM PATRIMÓNIO ÚNICO E DE MUITO INTERESSE

António Lúcio / Barreira de Sombra

IMG_0108.JPGA vila de Óbidos pertence ao distrito de Leiria e à província da Estremadura, é parte integrante da Comunidade Intermunicipal do Oeste na região do Centro, e tem cerca de 2 200 habitantes. Nos dias do Mercado Medieval as estreitas ruas e ruelas ficam pejadas de forasteiros oriundos de todas as partes do País e do estrangeiro. Parecem carreiros de formigas e serão umas dez vezes a população local.

O comércio, muito activo e atractivo, soube adaptar-se a este e outros eventos que acontecem ao longo do ano e criou muitas soluções. Podemos encontrar uma mercearia dentro de uma livraria, ou vice-versa, ou então uma livraria onde antes era uma igreja e assim sucessivamente. A rua principal é comércio porta-sim, porta sim, e a ginjinha é um dos produtos mais vendidos e apreciado pelos forasteiros.

De acordo com o site do Turismo de Portugal (https://www.visitportugal.com/pt-pt/content/obidos), “A vila medieval de Óbidos é uma das mais pitorescas e bem preservadas de Portugal.

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Suficientemente perto da capital e situada num ponto alto, próximo da costa atlântica, Óbidos teve uma importância estratégica no território. Já ocupada antes de os romanos chegarem à Península Ibérica, a vila tornou-se mais próspera a partir do momento em que foi escolhida pela família real. Desde que o rei D. Dinis a ofereceu a sua esposa D. Isabel, no séc. XIII, ficou a pertencer à Casa das Rainhas que, ao longo das várias dinastias, a foram beneficiando e enriquecendo. É uma das principais razões para se encontrarem tantas igrejas nesta pequena localidade.

 

IMG_0108 (1).JPGDentro de muralhas, encontramos um castelo bem conservado e um labirinto de ruas e casas brancas que encantam quem por ali se passeia. Entre pórticos manuelinos, janelas floridas e pequenos largos, encontram-se vários motivos de visita, bons exemplos da arquitetura religiosa e civil dos tempos áureos da vila. 


A Igreja Matriz de Santa Maria, a Igreja da Misericórdia, a Igreja de São Pedro, o Pelourinho e, fora de muralhas, o Aqueduto e o Santuário do Senhor Jesus da Pedra, de planta redonda, são alguns dos monumentos que justificam uma visita atenta. Assim como o Museu Municipal de Óbidos, onde se encontram as obras de Josefa de Óbidos. Foi, no séc. XVII, uma pintora de referência e uma mulher com uma atitude artística irreverente no seu tempo. Os seus quadros refletem a aprendizagem com grandes mestres da época como os espanhóis Zurbarán e Francisco de Herrera, ou os portugueses André Reinoso e Baltazar Gomes Figueira, seu pai.(…)”

Como referimos acima, durante todo o ano há um conjunto de ventos que levam a Óbidos algumas dezenas de milhar de forasteiros tal o interesse da programação, de onde se destacam: o Festival Internacional do Chocolate, o Mercado Medieval, O Natal e, no campo da música as Temporadas de Música Clássica Barroca, de Cravo e o Festival de Ópera, sendo que algumas delas ocorrem ao ar livre nas noites de Verão.

IMG_0119.JPGDO PROGRAMA DO MERCADO MEDIEVAL

O tema do Mercado/Festival Medieval deste ano é a Água. Do programa oficial retirámos o seguinte texto: “A água é o sangue da terra. A água o dá, a água o leva

Fonte de superstição e do medo, de fertilidade e do imaginário, elemento fundamental na paisagem e bem constante em afazeres comuns, a água é uma força da natureza essencial à vida nos tempos medievos.

Recurso natural presente no quotidiano dos diferentes estratos sociais, criou hábitos e culturas, e foi presença marcante no imaginário do homem medieval na música, na pintura, no teatro, na literatura, nas narrativas de histórias e estórias.

No Mercado Medieval de Óbidos venha navegar entre cheiros e sabores das tabernas e bancas garridas, avistar trovadores, danças e momices, rumo aos ofícios e mesteres, entre armas e cavaleiros.

Pelos ancoradouros e portos, entre azenhas e bicas, estórias, cantorias e arruadas, solte as amarras, desperte os sentidos e deixe-se levar pelas vivências e costumes daquela época.

 

Texto: António Lúcio 

Fotos: AL/DP