SORTELHA, UMA IMPONENTE ALDEIA HISTÓRICA - AS FOTOS
Créditos fotográficos: António Lúcio / Dina Pelicho
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Créditos fotográficos: António Lúcio / Dina Pelicho
Quem procura os valores da história e das paisagens naturais, tem nas Aldeias Históricas de Portugal uma enorme panóplia de escolhas. E depois de já termos estado em Almeida, a vila fortaleza com uma muralha em forma de estrela de cinco pontas, o nosso destino foi, agora, Sortelha, localizada entre Belmonte e Sabugal, sede do concelho a que pertence esta localidade, situada a 786 metros de altitude num esporão granítico e de onde se domina todo o espaço geográfico envolvente quer para o lado espanhol quer para a Serra da Estrela. Um importante ponto estratégico de defesa das linhas e fronteiras portugueses em caso de invasão do espaço. Dista cerca de 45kms da fronteira espanhola.
Não há unanimidade quanto á origem do topónimo: Para uns Sortelha deriva de um anel, Sortija ou Sorteia, e que era objecto de um jogo medieval em que os cavaleiros tentavam enfiar a sua lança. E existe um anel de pedra, de grandes dimensões, num dos poucos espaços ajardinados intra-muralhas. Para outros Sortel é um anel com pedras preciosas que detêm poderes especiais como os usados pelas feiticeiras. Também poderá ter a ver com o formato ovalado/circular do aglomerado urbano.
A malha ou tecido urbano tem poucos edifícios monumentais, estando o espaço intra-muros organizado em torno de um eixo principal, a Rua da Fonte e a Rua Direita, que ligam a Porta da Vila à Porta Nova. Salientam-se dois espaços fundamentais, o Largo do Corro (mal se entra na porta virada a Leste) e o Largo do Pelourinho, subindo a Rua principal e do lado esquerdo.
A vila teve um dos seus primeiros tempos de crescimento a partir de uma ocupação que teve início no século XII-XIII, num altura em que o rei D. Sancho I promove o repovoamento. O seu primeiro foral data de 1228 e foi outorgado por D. Sancho II altura em que é construído o castelo.Em 1510 o rei D. Manuel I confirma o foral e mandou construir o pelourinho.
O Castelo está classificado como Monumento Nacional, desde 1910. É provável que a zona tenha tido um castro pré-romano pois foram descobertas algumas sepulturas desse tempo.
Fora do perímetro das muralhas está a cidadela e a torre de menagem, de planta quadrada, hoje infelizmente pejada de antenas dos operadores de comunicações móveis.
Também por esta localidade passaram as tropas de Napoleão, registando-se combates de que resultaram danos em parte da muralha do castelo, os quais são bem visíveis no lado esquerdo desde o Largo do Corro e nos virarmos para a Porta da Vila. Registe-se que Sortelha foi sede de concelho até 4 de Outubro de 1885.
Quanto à parte religiosa, para além de vários passos da Via Sacra, há que visitar a Igreja Matriz, a Capela de São Sebastião, a Capela de Santiago e as Ruínas da Igreja da Misericórdia/ Igreja de Santa Rita ou São João.
Existem muitos espaços arquitetónicos de interesse para visitar e, no exterior, do lado poente, a Cabeça da Velha, um enorme afloramento rochosa faz lembra, mais de perfil do que frontalmente, o crânio de uma idosa, de nariz e queixo proeminentes.
A cerca de 3 horas de Lisboa, pela A1 e A23 saindo em Caria/Belmonte, é um local de visita obrigatória.
Fontes consultadas: site da Câmara Municipal do Sabugal e folheto das Aldeias históricas de Portugal
Texto: António Lúcio
Créditos fotográficos: António Lúcio / Dina Pelicho
Com os raios do sol a aquecerem mais fortemente os campos da Cova da Beira, começam a fazer-se notar os contrastes do verde das folhas com os tons rosados e vermelhos da cereja, o ouro vermelho destas abençoadas terras. Muito são os hectares e os produtores, dos mais rústicos aos mais industrializados, começam, no início de Junho, a colheita deste fruto em forma de coração e que é tão do agrado dos portugueses e uma iguaria para a própria gastronomia.
Várias são as qualidades, com tempos de maturação diferente, permitindo que a época da colheita se estenda de finais de Maio a finais de junho, princípios de Julho. Na região existe um centro interpretativo, em Ferro, perto do Fundão, e no segundo fim de semana do mês que atravessamos é tempo de festa numa das freguesias onde a cereja é a rainha: Alcongosta.
Mais ou menos organizados, os produtores dispõem de vários locais com boas sombras e estacionamento fácil junto às principais vias rodoviárias para venda dos seus produtos. E são autênticas romarias de compradores, em viaturas ligeiras ou em excursões em autocarros de turismo, dando vida e colorido nestas dias na região do Fundão/Covilhã.
Não podendo contabilizar os valores envolvidos nestas trocas comerciais porque desconhecemos em absoluto as quantidades transacionadas e apesar dos valores por caixa de 2kg oscilarem entre os 5 e os 8 euros, não temos dúvidas em afirmar que a cereja é o ouro vermelho da Cova da beira.
Texto e foto: António Lúcio
Bem perto de Mafra, mundialmente conhecida pelo seu palácio e amplamente divulgada no livro “Memorial do Convento” do Nobel José Saramago, em pleno coração da zona saloia, a 35 minutos de Lisboa (saída da A8 Malveira, seguindo a estrada nacional em direcção a Alcainça e aí cortando numa regional/camarária à esquerda), atingimos a Aldeia da Mata Pequena.
Uma aldeia típica, com casas pequenas e de um piso, com pátios floridos e mantendo essa traça que distingue as casas tradicionais da zona, com as suas barras azuis ou vermelho ferro e amarelo ocre, de telha de canudo, é o que se oferece ao viajante que ali aporta. Em frente o vale que tem, do outro lado, Cheleiros. Ao fundo um ribeiro que, no inverno e em tempo de chuvas se faz ouvir de outra forma. Um espaço muito agradável para passar um fim de semana numa das casas, degustar os sabores da gastronomia local, e passear até à bonita vila piscatória da Ericeira, onde o mar é mais azul.
Para um passeio mais virado para a História aconselhamos a vila de Mafra, o seu Palácio, o jardim nas suas imediações e depois, a caminho da Ericeira, a visita á aldeia de José Franco no Sobreiro.
Fotos: António Lúcio/Dina Pelicho
Fotos: António Lúcio/Dina Pelicho
Fotos: António Lúcio/Dina Pelicho
Fotos: António Lúcio/Dina Pelicho