SORTELHA, UMA IMPONENTE ALDEIA HISTÓRICA - AS FOTOS
Créditos fotográficos: António Lúcio / Dina Pelicho
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Créditos fotográficos: António Lúcio / Dina Pelicho
Com os raios do sol a aquecerem mais fortemente os campos da Cova da Beira, começam a fazer-se notar os contrastes do verde das folhas com os tons rosados e vermelhos da cereja, o ouro vermelho destas abençoadas terras. Muito são os hectares e os produtores, dos mais rústicos aos mais industrializados, começam, no início de Junho, a colheita deste fruto em forma de coração e que é tão do agrado dos portugueses e uma iguaria para a própria gastronomia.
Várias são as qualidades, com tempos de maturação diferente, permitindo que a época da colheita se estenda de finais de Maio a finais de junho, princípios de Julho. Na região existe um centro interpretativo, em Ferro, perto do Fundão, e no segundo fim de semana do mês que atravessamos é tempo de festa numa das freguesias onde a cereja é a rainha: Alcongosta.
Mais ou menos organizados, os produtores dispõem de vários locais com boas sombras e estacionamento fácil junto às principais vias rodoviárias para venda dos seus produtos. E são autênticas romarias de compradores, em viaturas ligeiras ou em excursões em autocarros de turismo, dando vida e colorido nestas dias na região do Fundão/Covilhã.
Não podendo contabilizar os valores envolvidos nestas trocas comerciais porque desconhecemos em absoluto as quantidades transacionadas e apesar dos valores por caixa de 2kg oscilarem entre os 5 e os 8 euros, não temos dúvidas em afirmar que a cereja é o ouro vermelho da Cova da beira.
Texto e foto: António Lúcio
Bem perto de Mafra, mundialmente conhecida pelo seu palácio e amplamente divulgada no livro “Memorial do Convento” do Nobel José Saramago, em pleno coração da zona saloia, a 35 minutos de Lisboa (saída da A8 Malveira, seguindo a estrada nacional em direcção a Alcainça e aí cortando numa regional/camarária à esquerda), atingimos a Aldeia da Mata Pequena.
Uma aldeia típica, com casas pequenas e de um piso, com pátios floridos e mantendo essa traça que distingue as casas tradicionais da zona, com as suas barras azuis ou vermelho ferro e amarelo ocre, de telha de canudo, é o que se oferece ao viajante que ali aporta. Em frente o vale que tem, do outro lado, Cheleiros. Ao fundo um ribeiro que, no inverno e em tempo de chuvas se faz ouvir de outra forma. Um espaço muito agradável para passar um fim de semana numa das casas, degustar os sabores da gastronomia local, e passear até à bonita vila piscatória da Ericeira, onde o mar é mais azul.
Para um passeio mais virado para a História aconselhamos a vila de Mafra, o seu Palácio, o jardim nas suas imediações e depois, a caminho da Ericeira, a visita á aldeia de José Franco no Sobreiro.
Fotos: António Lúcio/Dina Pelicho
Fotos: António Lúcio/Dina Pelicho
Fotos: António Lúcio/Dina Pelicho
O nosso destino, cerca de 520 kms a sudeste de Lisboa, é o berço da tauromaquia com Pedro Romero que ali nasceu a 19 de novembro de 1754 e onde viria a falecer a 10 de fevereiro de 1839, tendo criado e codificado as bases do toureio a pé, para além de ter executado como poucos a sorte de matar.
Mas antes de atingirmos o nosso destino, paragem obrigatória noutra importante cidade, capital da Andaluzia, Sevilla, onde as manifestações de fé estão um pouco por toda a monumental cidade, a par da sua importância tauromáquica, com a sua imponente e lindíssima praça de toiros da Real Maestranza de Caballeria e onde teve lugar a importante Feria de abril, uma das mais importantes feiras taurinas do Mundo.
Arrancamos bem cedo pelas estradas que nos levarão ao parque natural da Sierra de Grazalema, onde pudemos ver um enorme bando de abutres em voos circulares e a localidade histórica de Zahara de la Sierra a cujos pés de estende uma enorme barragem e é um dos pontos principais nesta Rota de Almorávidas e Almóadas. Campos dourados de espigas de trigo e o contraste com o verde e amarelo dos enormes campos de girassóis que dão uma nova cor e esplendor redobrado no Sul da Andaluzia.
A pouco metros, um parque verde muito bem cuidado, como aliás toda a cidade, permite que nos a acerquemos ao cimo do penhasco e nos apercebamos da altura a que nos encontramos. Numa das ruas existentes no parque e já depois de termos admirado a escultura do toiro na lateral da praça de toiros, damo-nos conta de que no passeio estão uns capotes em pedra com os nomes dos toureiros da família Ordoñez, representando tudo quanto foram e são importantes para a tauromaquia rondeña onde também portugueses marcaram presença.
Dando uma volta pela cidade, pejada de turistas, chegamos à Ponte, ao Cañon del Tajo marcado pelos seus cerca de 120 metros de altura e 68 de largo por baixo da qual corre o rio Guadalevin com algumas bonitas cascatas. Na base do penhasco sobre o qual se ergue a majestosa cidade, várias quintinhas de estilo bem andaluz.
Você deve aproveitar bem o tempo para poder visitar o Palácio Mondragon, a Iglesia de Santa Maria la Mayor, a Plaza Duquesa de Parcent, o Museo del Bandolero, La casa de Rey Moro, e os Banhos Árabes.
As paisagens são, em alguns casos, de suspender a respiração. Aconselhamos que faça a sua visita entre Março e Junho ou entre Setembro e Outubro, com umas temperaturas muito agradáveis.
Texto: António Lúcio
Fotos: António Lúcio/Dina Pelicho